Terapia de Casal

O que é terapia de casal?

Processo de duração variável, que decorre ao longo de sessões, com frequência semanal ou quinzenal, na presença de um ou de dois terapeutas e que visa, na relação do casal, o desenvolvimento de competências como a capacidade de auto-análise, a qualidade da comunicação, o desenvolvimento da escuta, a melhoria da interação, a diminuição do nível de tensão. Na verdade, cada casal tem expectativas e objetivos específicos.

Quais os motivos para um casal ponderar uma terapia de casal?

. Dificuldades na comunicação​

. Tensão elevada na interação e/ou interação violenta​

. História de infidelidade​

. Ciúmes ​

. Divergências culturais entre parceiros​

. Não aceitação do casal, por parte da família ou comunidade​

. Desemprego ​

. Depressão de um ou dois elementos​

. Dificuldades na gravidez: dificuldades de fertilidade; abortos; interrupções médicas ​

. Divergências na educação dos filhos​

. Adolescência de um filho​

. Filho com doença severa​

. Doença crónica de um dos elementos​

. Morte de um familiar querido (filho ou outro)

O que acontece quando apenas um dos elementos do casal pretende terapia?

Esta divergência entre parceiros é extremamente frequente. Se um casal estiver numa fase de grande tensão, é natural que hajam resistências à terapia. É por esta razão (entre outras) que, antes de se iniciar uma terapia de casal, decorre uma etapa de observação (entre 2 a 3 sessões), com entrevistas aos elementos de casal. ​

Se de todo não conseguir convencer o seu parceiro, então marque uma sessão individual, para poder ter com quem discutir as suas ideias. Além de se sentir menos só com as suas preocupações, tem a oportunidade de ter um espaço de reflexão e ganhar consciência acerca dos fatores que podem estar a interferir na sua dinâmica de casal.

Como pode o casal saber se tem indicação para uma terapia?

A terapia é uma oportunidade para o casal dialogar sobre temas que já vinha evitando em casa. Na maioria dos casos, a terapia de casal é recomendada. De qualquer forma, como já se referiu, há uma fase de observação por parte do terapeuta antes de se chegar ao acordo terapêutico propriamente dito. Quando há acordo, então as condições da terapia (horário, regularidade, etc) são definidas. ​

Nos casos em que há resistência de um dos elementos, episódios de violência, grande incapacidade de escuta, doença psiquiátrica por parte de um dos elementos, então podem não estar reunidas as condições para o trabalho conjunto e a terapia individual é a mais aconselhada.

Terapia com um ou dois terapeutas(coterapia)?

Da nossa experiência, a coterapia tem algumas vantagens sobre a terapia com um só profissional. Primeiro, o casal evita ter de escolher um terapeuta em função do género, se isso for um ponto de discórdia entre parceiros, o problema fica resolvido. E depois, o casal tem à disposição dois profissionais para discutirem o seu caso, mesmo entre as sessões. Este trabalho contínuo entre terapeutas reflecte-se na evolução da terapia. ​

No Terapia a Dois recomendamos que o casal realize a primeira fase de observação com um terapeuta e que, antes do início da terapia propriamente dita, se discuta a possibilidade da coterapia.

Como pode o casal certificar-se das competências dos terapeutas?

No Terapia a Dois, a terapeuta, tem formação académica realizada em institutos certificados, em Portugal e no estrangeiro, e está em permanente diálogo com os seus pares científicos. Além disso, tem experiência em terapia de casal, vários anos supervisionada, adquirida em instituição hospitalar e em consultório privado. Os coterapeutas do Terapia a Dois são profissionais qualificados, com percursos exigentes de formação e prática clínica.

O que não é uma terapia de casal?

Uma terapia de casal não é um cenário onde se ajuíza sobre qual dos parceiros tem razão. Para o terapeuta de casal o paciente é a relação, não um indivíduo. Entendemos que a relação resulta de uma dinâmica a dois e é essa que está em tratamento. ​

Uma terapia de casal não é o espaço para um dos elementos convencer o parceiro a mudar. Qualquer pessoa que se decida pela terapia de casal pode ter a expectativa da transformação da relação, mas antes de tudo tem de estar ela própria motivada para pensar sobre a relação, sobre si mesma e aberta à possibilidade de mudar. Mudar-se a si mesmo é sempre consequência de uma terapia, como sinal de crescimento pessoal.​​

Uma terapia de casal não pode ser conivente com a violência, por isso, se ocorrer um episódio (durante a sessão ou fora dela) a terapia é interrompida, por não haver condições de segurança nem de trabalho.