A perda gestacional é frequentemente vivida em silêncio pelo casal e o luto que lhe corresponde é frequentemente negado, pelos próprios, pela família, pelos amigos e também pelos profissionais de saúde. 

Enquanto avança a gravidez, decorre em paralelo o processo da maternidade e da paternidade. Quando a gravidez é abruptamente interrompida, então a parentalidade fica suspendida e perde sentido. A perda do bebé imaginado dá lugar ao vazio, ao sentimento de falta e frustração. Os vínculos e os afectos que estavam em desenvolvimento, ou seja, a parentalidade, fica descontinuada.  

A mãe e pai-por-ser vivem um luto muitas vezes desencontrado, sendo habitualmente mais intenso e prolongado nas mulheres. Estas divergências no casal explicam-se pela diferença do vínculo pré-natal e pela disparidade de papéis entre os parceiros. Por vezes, na sequência de uma perda desta natureza o casal pode entrar numa crise irreparável.

Os terapeutas do Terapia a Dois têm larga experiência nesta área que têm vindo a desenvolver nos hospitais onde trabalham.